Actividade experimental I - Qual a influência de Substâncias Psicoactivas (nicotina, álcool e cafeína) no ritmo cardíaco da Pulga-de-água?
Material (por grupo de trabalho):
- 1 lâmina escavada;
- 1 bola de algodão;
- 1 pipeta de Pasteur (1 ml);
- 1 pipeta de Pasteur (3 ml) com a ponta cortada (cerca de 1 cm);
- 1 frasco com solução (álcool a 5%, álcool a 12%, álcool a 40%, cafeína ou nicotina);
- 1 tira de papel de filtro;
- 1 gobelé com uma Pulga-de-água;
- 1 pinça;
- 1 microscópio óptico;
- 1 relógio;
- 1 lápis;
- 3 folhas de papel A5;
- 1 gobelé com água mineral para recolha de Pulgas-de-água utilizadas na actividade;
- um par de luvas por aluno;
- uma bata por aluno.
Procedimento:
A. Com a ajuda de uma pinça colocámos alguns fios de algodão na depressão da lâmina escavada (apenas alguns para prender a Pulga-de-água);
B. Adicionámos duas gotas de água do gobelé com a Pulga-de-água, com uma pipeta de Pasteur (3 ml);
C. Usando a mesma pipeta de Pasteur, recolhemos a Pulga-de-água e colocámo-la em cima dos fios de algodão;
D. Colocámos a preparação na platina e acendemos a luz de menor intensidade possível;
E. Movemos o parafuso macrométrico e, observando através da ocular, focámos a preparação;
F. Utilizámos o parafuso micrométrico para corrigir a focagem, de modo a obtermos uma imagem nítida;
G. Observámos a Pulga-de-água, prestando especial atenção à localização do coração;
H. Efectuámos a contagem: um elemento do grupo bateu com a ponta do lápis na folha de papel por cada batimento cardíaco, enquanto outro elemento controlava o tempo (10 segundos) com o relógio;
I. No final dos 10 segundos contámos o número de pontos e registámos o valor (quadro I);
J. Multiplicámos a contagem obtida para os 10 segundos por 6, de modo a determinar o número de batimentos cardíacos por minuto (BPM) e registámos o valor (quadro I);O ritmo cardíaco da Pulga-de-água varia entre 200 e 300 batimentos cardíacos por minuto dependendo do tamanho e idade das mesmas;
K. Determinámos e registámos o ritmo cardíaco da Pulga-de-água pelas 2ª e 3ª vez, durante 10 segundos cada, e multiplicámos os valores obtidos por 6 (tal como tínhamos feito anteriormente); Os valores obtidos são os do ritmo cardíaco da Pulga-de-água para o controlo (água) (quadro I);
L. Adicionámos os 3 valores do ritmo cardíaco e dividimos esse valor por 3 (nº de contagens), obtendo assim a média do rimo cardíaco (BPM) para a Pulga-de-água em condições controlo (água);
M. Inserimos a média obtida nos quadros I e III;
N. Na folha de registo (quadro III) fizémos uma previsão do modo como a solução experimental iria influenciar o ritmo cardíaco da Pulga-de-água;
O. Retirámos a preparação do microscópio;
P. Usámos a pipeta de Pasteur (1 ml) para colocar 1 gota da solução experimental (droga), por exemplo, do lado direito da Pulga-de-água, enquanto que com uma tira de papel de filtro absorvemos a água em excesso, pelo lado esquerdo;
Q. Deixámos que a solução se difundisse por 1 minuto;
R. Voltámos a colocar a preparação no microscópio e observámos a Pulga-de-água com baixa intensidade luminosa;
S. Efectuámos a contagem, tal como consta no passo H do procedimento;
T. No final dos 10 segundos contámos o número de pontos e registámos o valor (quadro II);
U. Multiplicámos a contagem obtida para os 10 segundos por 6, de modo a determinar o número de batimentos cardíacos por minuto (BPM) e registámos o valor (quadro II);
V. Determinámos e registámos o ritmo cardíaco da Pulga-de-água pelas 2º e 3ª vez, durante 10 segundos cada, e multiplicámos os valores obtidos por 6; Os valores obtidos são os do ritmo cardíaco (BPM) da Pulga-de-água para a solução experimental (droga) (quadro II);
W. Adicionámos os 3 valores do ritmo cardíaco e dividimos esse valor por 3 (nº de contagens), obtendo a média do ritmo cardíaco (BPM) da Pulga-de-água para a solução experimental (droga);
X. Inserimos a média obtida (B) nos quadros II e III;
Y. Removemos a Pulga-de-água da lâmina com a pipeta de Pasteur de 3 ml e colocámo-la no gobelé "Pulgas-de-água utilizadas na actividade";
Z. Classificámos a solução experimental - droga (Estimulante ou Depressora).
Lavámos as mãos no final da actividade.
Resultados:
Quadro I - Ritmo cardíaco da Pulga-de-água para o Controlo (água)
Quadro II - Ritmo cardíaco da Pulga-de-água para a Solução Experimental (nicotina 30%)
Quadro III - Resultados obtidos para os efeitos de Drogas no Ritmo Cardíaco da Pulga-de-água
Legenda:
+++ grande aumnto do ritmo cardíaco
++ aumento do ritmo cardíaco
+ pequeno aumento do ritmo cardíaco
0 ritmo cardíaco sem alteração
- pequena diminuição do ritmo cardíaco
-- diminuição do ritmo cardíaco
--- grande diminuição do ritmo cardíaco
x paragem do coração
Conclusão:
Com a realização desta actividade experimental e analisando os valores obtidos no quadro III, podemos concluir que:
- As soluções de nicotina, álcool e cafeína provocam alterações ao nível do sistema nervoso, o que se pode verificar na alteração do ritmo cardíaco das Pulgas-de-água;
- Aumentou o ritmo cardíaco das Pulgas-de-água quando adicionámos as soluções de nicotina e cafeína, pelo que são classificadas de drogas estimulantes;
- Foi diminuindo o ritmo cardíaco das Pulgas-de-água à medida que adicionámos as soluções, cada vez mais alcoólicas, pelo que o álcool é classificado de droga depressora;
- Assim, é possível prever que o nosso ritmo cadíaco, tal como o das Pulgas-de-água, também sofre alterações se consumirmos tabaco (nicotina), bebidas alcoólicas (álcool) ou, por exemplo, café (cafeína), o que pode alterar o nosso bem-estar...
A nicotina é a principal substância responsável pela dependência provocada pelo consumo de tabaco. Mesmo sendo uma droga estimulanmte, a maior parte dos fumadores considera que relaxa, pelo facto de a pessoa estar dependente dela e o cigarro acalmar a ansiedade provocada pela sua falta.
Todo o consumo de tabaco é nocivo, quer para o fumador activo, quer para os não fumadores expostos ao fumo ambiental.
O consumo de tabaco na infância e na adolescência tem consequências imediatas. É lesivo parta a maturação e função pulmonares, contribui para agravar ou dificultar o controlo da asma, tosse e expectoração, diminui o rendimento físico e altera os lípidos no sangue.
Muitos estudos realizados confirmam a associação entre o consumo de tabaco e o aparecimento de várias doenças como o canco (pulmão, lábio, faringe, laringe, esófago, pâncreas, estômago, bexiga, rim, colo do útero,...) e para as doenças do sistema respiratório (pneumonia,...) e do sistema circulatório (aterosclerose,...).
O álcool actua bloqueando o funcionamento do sistema nervoso responsável pelo controlo das inibições, o que faz com que a pessoa se sinta eufórica... o que poderá levar à adopção de comportamento de risco!
Devido ao facto de ser uma droga depressora, ocorrem, estado de sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacdade de reacção, diminuição da capacidaedede de atenção e compreensão, fadiga muscular... e os acidentes podem acontecer!
Assim, as consequências do abuso do álcool são muitas, não só na saúde da pessoa, mas também ao nível familiar e social
As crianças e os jovens até aos 18 anos, mulheres grávidas ou a amamentar, pessoas durante o trabalho e a condução rodoviária e os doentes alcoólicos tratados devem dizer NÃO às bebidas alcoólicas!
A ingestão constante de cafeína, mesmo em quantidades moderadas, pode provocar irritabilidade, inquietação ou insónia. A falta da substância provoca um pequeno síndrome de abstinência, que origina um ligeiro mal-estar, fadiga, sonolência,cefaleias, incapacidade de concentração, depressão, ansiedade, vómitos).
O consumo de substâncias psicoactivas condicona
a nossa SAÚDE e a QUALIDADE DE VIDA!